Os espíritos Xamãs vagueiam nos leitos secos dos rios, a morte fica à espreita,
-O garimpo ameaça vidas…
Na terra cheia de sangue, aves de rapinas sobrevoam nas sombras das matas cinzentas e sombrias…
A Terra – floresta espaço inerte que aos poucos é destruída pela ganância humana, a vida se torna fútil,
– Ameaçada pela predação cega da ilegalidade, os Yanomamis perdem sua voz afogados no mar
Das palavras vazias é como grito no silêncio da noite…
-O povo yanomami está doente, seus corpos esqueléticos,
Vidas ceifadas, pela fome e a malária, abandonados, choram a perda de seus entes queridos, sem direito
A venerar seus mortos, todo ritual do espírito Xamã é interrompido
já não podem fazer suas oferendas, e seus rituais sagrados…
Os seres humanos sufocam – se no egoísmo, mentes doentias,
-Aos poucos a vida se esvai no seio da terra – floresta...
Devastam territórios distantes, tornando o homem um ser individualista
-E sozinho na incerteza se existirá o amanhã…
Orlando Nogueira (O Poeta Carvoeiro)
Betim, 12 de feverei