CÃOZINHO DE RUA

Cãozinho de rua, não sei se é vira – lata

-Ou não…

Que vida triste vida é a sua, comendo restos de lixo,

-Para sobreviver…

Dormindo nas praças, sozinho,

-A sofrer…

Cãozinho de rua, que vive neste mundo

-Tão desumano…

Seu pêlo esta sujo e cheio de pulgas,

-Em um triste abadono…

Cãozinho de rua, que se assusta com os foguetes e trovões,

-E fica todo molhado, quando começa a chover…

Cãozinho de rua, que anda a procura de alguém,

-Que possa lhe proteger…

Cãozinho de rua, em uma noite de outono, que sente frio e fome,

-Mas não tem nada para comer…

Cãozinho de rua, que sempre está a procura de dono,

Um lar, doce lar,

-Onde ele possa morar…

Ele balança o raboe late feliz

– Au ….au…. ão.. ão..

Orlando Nogueira o (Poeta Carvoeiro)

Betim, 18 de abril de 2024