A uva amassada, sem dá gemido, se transforma em vinho
O cativo sofre na embriaguez da ganância de alguns,
-Azeda – se o vinho vertido em sangue e suor…
Enquanto nas mesas o vinho transforma em risos e alegria,
– Nos altares o sangue do Cordeiro sagrado…
Nas vinícolas, cativo carrega sua cruz em lenta agonia,
– Em triste labor…
Da uva colhidas pelas mãos dos cativos
O vinho se torna em nobre sabor…
Na colheita afago, saudades, nas mesas comidas estragadas
– Macabro e frio ritual…
Das mãos feridas , sangue que escorre, tristeza que fere a alma,
– Rasgando o peito mortal….
O cativo igual um cordeiro enfrenta seus dias de escravos,
– Na vinícolas de dor
Orlando Nogueira (O poeta Carvoeiro)
Betim, 05 DE dezembro de 2023
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Seu poema descreve muito bem o triste episódio das vinícolas. Parabéns por sua escrita!
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Olá Rita Lopes, na verdade é um pouco do que essa gente passou, infelizmente nosso país continua com este tipo de trabalho, gosto de descrever está situação, baseado no que já vivi com meus país e meus irmãos no Norte de Minas, na carvoeirias de carvão! Obrigado pela leitura e um fraternal abraço do poeta Carvoeiro!
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O vinho tão suave, tão leve, tão saboroso, vindo da uva, tão doce, tão leve, tão saudável, usado por humanos tão cruéis, exploradores e desumanos. Bela iniciativa de denúncia, poeta matuto do Guaicuí.
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