Rio triste de águas espumantes, corre lentamente, assoreado, largado e abandonado
-Com suas águas, enverdeadas, fétidas e pútrefas…
sob as águas suja voam as garças brancas, a mãe capivara e seus filhotes
-Descansam em suas margens…
Transporto ao passado, quando em suas águas cristalinas ,
-Crianças desnudas em suas águas nadavam…
Hoje desviaram seu curso, um esgoto a céu aberto,
em te ainda existem vidas, mas em seu leito de morte agoniza,
-Aos poucos morre!…
Um dia clamará a ti por um pouco d’água,
-Mas será tarde demais!….
Orlando Nogueira (O Poeta Carvoeiro)
Betim, 21 de Março de 2023