Curvado sob pesado fardo cambaleando sobre os pés descalços
– Feridos, dilacerado e contundido pela flagelação…
Segue para gólgota, Jesus de Nazaré, atormentado por indizíveis angústias ,
-Sofrimentos da alma, tinha as mãos inchadas e feridas…
No rosto pisaduras e sangue, o cabelo desalinhado, a roupa de lã pesada apertada pelo cinturão,
– Apertava – lhe as feridas abertas…
Os soldados faziam a escolta de Jesus, ao seu lado escravos Carrascos, vestidos
Somente com tangas e escapulários de couro sem mangas, os fariseus cavalgavam separados,
-Depois seguia o séquito de Pilatos…
O cortejo seguia por ruas estreitas, seguido por uma numerosa
Multidão composta de todas as classes, forasteiros e escravos.
– Ao redor ódio e insultos…
Acabou – se o tempo dos belos discursos, avante, livremos nos dele, gritavam,
Jesus caminhava pelas estreitas da cidade, das janelas e buracos do murro,
O vaiavam, os escravos que ali trabalhavam atiravam – lhe lama, restos imundos de Cozinha, patifes
-Perversos derramavam–lhe águas sujas e fétidas de esgotos…
As crianças instigadas pelos mais velhos,juntavam pedrinhas em suas roupinhas.
-E jogavam sobre os pés de jesus…
Assim caminhava jesus no caminho do Gólgota, pelo caminho o Cireneu ajuda
Jesus a carregar a cruz, mais a frente Verônica enxuga – lhe rosto ensanguentado,
-No tecido de linho fica marcado o rosto de jesus…
Segue o séquito a caminho, gritos gargalhadas se misturam com choro
E lamentos das mulheres que seguiam Jesus, naquele momento de dor Jesus
-Encontra com sua mãe que aflita e chorosa desmaia…
Jesus segue o caminho tortuoso, Ele cai sob o peso da cruz que o Fere ainda mais,
Simão de Cirene também maltratado cansado cheio de indignação e compaixão tenta ajudar
Jesus, mas neste momento com brutalidade os soldados o afastam, com cusparadas
– E gritos de escárnio zombam de Jesus…
Enfim chega ao Calvário deste a sentença caíra várias vezes chuvas de pedras,
– Noite de trevas…
Mas no caminho do Gólgota, brilhava o sol, por volta de meio dia começa
– Uma neblina avermelhada a velar o sol…
NO alto da cruz jesus dá seu ultimo suspiro, tudo está consumado,
-Rasga – se os véus, tudo que se havia perdido em Adão,
-Foi recuperado, em Cristo…
Orlando Nogueira (O Poeta Carvoeiro)
Betim, 06 de Abril de 2023
Que via crucis!
CurtirCurtido por 1 pessoa